A foto que ilustra este texto não foi tirada cá. Ficou admirado, mas é verdade!
Dada a invasão de turistas que a cidade do Porto regista nos últimos anos, essa quantidade de carros com registos de matrícula de outros países até que poderia permitir uma foto do género, mas não foi cá.
Uma ocasião, consegui descer toda a avenida da Boavista pela ciclovia, sem que uma única viatura estivesse lá no meio estacionada, seriam uma 5 da manha e foi uma experiencia única. Única porque nunca mais lá voltei às 5 da manhã, mas pela experiência acho que resolvi o problema do conflito dos ciclistas com os automobilistas, basta andar-mos de bicicleta às 5 da manhã!
Não é que os automóveis lá estacionados prejudiquem muito, afinal de contas todo o automobilista confrontado com a situação (na sua maioria) pede desculpa e diz que foram só 2 minutinhos. O problema é a fila para estes 2 minutinhos que mais parece a fila à porta dos ctt em dia de rendimento de reinserção social.
Uma ocasião em Matosinhos na Rua de Álvaro Castelões, deparei-me com um casal a acabar de estacionar metade na ciclovia, metade em cima do passeio. Abordei-os com o intuito de os fazer reflectir no atropelamento de direitos duplo que estavam a fazer. A miss que ocupava o lugar do passageiro argumentou o seguinte: “Estão a lavar a garagem, quer que estacionemos onde?”
Fiquei sem argumentos, tal a força dos dela!
Que responder a alguém que não tem o mínimo de respeito? Mais uma criança que foi educada dentro do carro dos pais. Do elevador para a garagem, do carro para a sala de aula, atropelando todos os que se iam metendo no caminho do trajecto mais curto carro à cadeira da sala. A solução para este tipo de gente era a oferta de dois pares de rodas permanentes.
Uma semana sentada numa cadeira de rodas, a vencer as dificuldades criadas pela falta de educação, respeito e civismo resultava em cheio.
“Era uma vez a mobilidade urbana”, porque assim está mais de acordo com a realidade, é coisa de ficção.
Boas pedaladas
Top Pedro, não diria melhor mesmo, parabéns e continua com estes teus textos, há sempre “algum” condutor que o vai ler, abraço.
Obrigado Nuno, é sempre bom receber algum feedback de quem ainda vai lendo estes desabafos.
Um grande abraço.