Ainda há quem acredite que o carbono é todo igual, afinal é “tudo feito na China”!
O assunto é velho, mas ainda há um caso ou outro que vai passando por aqui.
Parece que tudo que tem sucesso, é imediatamente seguido por réplicas baratas. Por fora está tudo ok, a imagem raramente é muito diferente, mas é por dentro que depois reside a diferença.
O problema é que o pessoal vai atrás sem pensar nas consequências que aquele acto pode trazer.
Ainda hoje fiz um bikefit aqui no gabinete, em que o praticante vinha declaradamente com um espigão “dos chineses”. Torci o nariz, mas dizia ele que lhe tinham dado boas referencias do mesmo.
Retiramos o espigão fora e com um simples paquímetro conferimos a qualidade (duvidosa) do dito. Incrível como apenas ao medir a espessura do tubo, este variava entre os 2 e os 3mm. Ainda que me venha já apontar que poderia ser de espessura variável, digo já que a variabilidade da espessura era totalmente aleatória.
Pena tenho de não ter fotografado a respectiva peça.
Avanços, guiadores e espigões, são peças que em caso de quebra súbita colocam em risco a integridade do praticante. Posso assegurar que aquilo que tenta poupar na peça, pode um dia vir a ter de gastar no dentista e nunca mais voltar a ter a mesma estética facial.
Gostava de saber com anda o mercado das réplicas, porque a ideia que tenho é que o mesmo esmoreceu, ou talvez não. Talvez a qualidade das mesmas é que tenha aumentado de tal forma que identificar o original seja hoje uma acto de mestria.
Lá porque é tudo feito no mesmo sitio, não significa que seja tudo igual.
Asseguro-te como portuense de gema que, as melhores francesinhas do mundo são feitas aqui no Porto, mas as piores também! É que fazer uma francesinha não basta juntar uma data de ingredientes, é preciso saber dar-lhe alma, que é como quem diz, vesti-la com um bom molho!
E se o que mais prolifera aqui pela cidade, é falta de bons alfaiates.
Boas francesinhas, ou antes, boas pedaladas.
e la porque faco muito boas e deliciosas francesinhas, nao quer dizer que o carbono seja feito todo da mesma maneira, para mim, o metodo de injeccao e mais a prova de erros do que andar o chines a colar as camadas e aplicar resina manualmente, umas vezes de luvas, outras vezes de mao ao leu, o que, claro, e o descalabro da manufactura.
olha paciencia nao e? ate la, so o ultrassons para nos “livrar do mal”.
amem
Ora aí está uma associação mais do que feliz: bicicletas e francesinhas.
o adjectivo também se aplica ao seu conteúdo, que é mesmo um sério aviso às poupanças descabidas e, as mais das vezes, irracionais; lá diz o bom Povo Português:
– “Vai-te lucro que me dás perda.”
Parabéns Pedro pelo verbete e votos de um rápido restabelecimento.