Olhamos para o que se passa lá fora por um funil invertido. Vemos uma décima ou talvez nem isso, vemos o que queremos, ou o que nos convém, Somos um povo pequeno não em numero, mas tantas e tantas vezes em mentalidade. Beneficiamos quem pouco, ou nada faz, beneficiamos quem nos prejudica e no entanto enchemos a boca para falar do que não sabemos. Quanto mais viajo mais me sinto Brasileiro.
Um amigo meu, Brasileiro de gema diz-me: “O Brasil é provavelmente o pais mais rico do mundo. É dificil pensar em alguma riqueza que o Brasil não tenha. E no entanto, olha a miséria do povo brasileiro” – sinto em mim a angustia dele pelo seu pais. Portugal tem tudo para ser um grande pais, um pais maior que as suas fronteiras. Temos tudo! Tudo talvez a ambição de um povo em querer sê-lo.
Termos ciclovias que não servem o propósito. Temos quem as faça sem consultar quem as usa, ou usaria. Infra-estruturas hediondas à boleia de fundos europeus medidos ao quilómetro e sem fiscalização.
Estou profundamente convicto que quem desenha ciclovias em portugal não pedala, não conversa com quem pedala, não se dá ao trabalho de estudar o meio e o contexto e por tanto não tem um interesse real na promoção da utilização da bicicleta.
São medidas e meios sem razão, sem contexto, sem futuro, porque não há uma visão. Os povos não se gerem, lideram-se!
Passei as minhas férias de Natal na Suiça. São um povo rico, mas porque será?