Decorem isto e digam-no até à exaustão, ou provem-me o contrário: “Conforto é performance!”
E isto aplica-se de forma transversal a todos os praticantes e atletas de ciclismo. A partir do momento em que o praticante, ou atleta começa a lidar com desconfortos, a performance começa a ficar comprometida. Egan Bernal desistia de provas por dores nas costas, Chris Froome trocava de selins por não conseguir ter performance com os selins que patrocinavam a equipa. Palavras do próprio, aquando da vitória no strerrato no Giro d’Itália.
Hoje falamos de selins!
Há questões anatomofisiológicas tão elementares, que não tenho uma explicação do porquê se ainda fabricarem e venderem alguns tipos de selins.
Sim, desde que me iniciei na biomecânica aplicada ao ciclismo, defendo que o selim é tão pessoal, que não devia fazer parte da bicicleta e sim adquirida à parte da mesma.
Até aqui como praticantes já percebemos o benefício que é ter o selim adequado ao nosso corpo.
Defendemos que não há assim tanta diferença entre um selim para estrada e um para btt, uma vez que o corpo é o mesmo. No entanto as marcas continuam a anunciar selins para umas e para outras. Tem alguma lógica?
Sim! Existe de facto alguns benefícios técnicos, se olharmos à performance da especificidade da modalidade. Por exemplo: para o btt queremos selins que nos permitam naquelas subidas mais ingremes chegar à frente no selim e pedalar durante uns tempos mais na ponta. Já na estrada a posiçã será mais constante, sem esta necessidade. Havendo uma necessidade do ciclista se chegar à frente, mas já como um aumento da disponibilidade muscular quando a fadiga marca forte presença. Dai ser típico ver ciclistas de estrada pedalar tão na ponta do mesmo.
Mas melhor, é ver o vídeo dos 10 selins mais recomendados em 2021 e que de certeza muitoo sirão transitar para 2022.
Não há aqui ausências acidentais, estes são os selins que consideramos mais ergonómicos e cuja relação preço/qualidade está equilibrada. Preço alto não é sinonimo de qualidade ergonómica.